Carnaval e Anime: Uma Harmonia entre Brasil e Japão
- Anime DICRIA
- 12 de fev. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 5 de abr.

Já imaginou vivenciar o calor e a alegria do carnaval em pleno coração de Tóquio? A ideia não é tão distante assim.
Em Asakusa, acontece um dos maiores desfiles de escola de samba, recriando o espírito do carnaval do Rio de Janeiro e atraindo meio milhão de pessoas todos os anos. Essa festividade, que se tornou uma tradição japonesa, parece ter surgido devido à aproximação entre os dois países ao longo da História.
Além das ruas, nossa forma de celebrar também está em suas telas. Um exemplo disso é o anime "Michiko e Hatchin", conhecido por suas referências à nossa estética e cultura. No episódio "O tolo que avança como uma Bomba Sambista" (E18), eles entregam um enredo de perseguição com o cenário de uma cidade imersa em festa e no samba, quase como qualquer bloco que você encontrará pelas ruas nesses últimos dias.
(“Michiko e Hatchin” foi escrita por Takashi Ujita, produzida pelo estúdio Manglobe e dirigida por Sayo Yamamoto.)
Seguindo em uma troca cultural mútua, a influência japonesa também deixou sua marca nos nossos sambódromos. Em 2023, a Mocidade Alegre apresentou a história de "Yasuke", desde sua partida da África em direção ao oriente até sua ascensão como o maior samurai de sua geração no Japão.
(O carnavalesco Jorge Silveira, que assinou o carnaval com o tema “Yasuke” neste ano)
O desfile se encerrou com a ala “Samurais da Quebrada” dos tempos presentes, mostrando como os jovens negros podem se inspirar nas virtudes desse lendário guerreiro para enfrentar os desafios no dia a dia. Essa narrativa, construída ao longo da Avenida, também pode ser vista na forma de anime, lançado com o mesmo título em 2021.
“Yasuke” é uma criação do produtor e diretor LeSean Thomas com produção da MAPPA Studio.
Não parando por aí, em 2008, a Porto da Pedra homenageou o vínculo entre os países, celebrando os "Cem anos da imigração japonesa no Brasil". Representações como o bairro da Liberdade em São Paulo e os mangás foram destaques, trazendo referência até mesmo ao carnaval de Asakusa. O desfile não apenas celebrou o marco histórico, mas também destacou como a cultura japonesa se integrou de maneira única ao cotidiano brasileiro.
(O carnavalesco Mário Borrielo, que assinou o carnaval sobre os “cem anos da imigração japonesa no Brasil.”)
Por mais breves que sejam essas conexões, tanto nas ruas quanto nas telas, elas ainda têm o poder de nos enriquecer mutuamente, mostrando que, apesar da distância física, estamos mais próximos do que imaginamos.
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